Uma alimentação saudável é importante não só para prevenir problemas de saúde e ficar tranquilo com o espelho. Uma alimentação saudável interfere no desenvolvimento de várias habilidades do seu filho.
Habilidades para receber, mastigar e digerir outros tipos de alimentos (além do leite materno) e autocontrole em relação ao processo de ingestão de alimentos são exemplos de habilidades desenvolvidas. Essas considerações podem ser confirmadas quando observamos que uma criança cresce, em média, 25 cm no primeiro ano de vida e 12 cm no segundo ano. A partir dos três anos de idade, passa a crescer de 5 a 7 cm por ano. Associado a esse crescimento físico, a criança vai adquirindo capacidades psicomotoras e neurológicas que podem ser observadas a cada mês. O processo é rápido, de modo que, dos quatro aos cinco meses de idade já sustenta a cabeça e com 6 meses é capaz de sentar sem apoio.
Assim, a importância da alimentação nesta fase da vida, torna-se inquestionável. Uma vez que deficiências nutricionais ou condutas inadequadas quanto à prática alimentar podem, não só levar a prejuízos imediatos na saúde da criança, como também deixar sequelas futuras como retardo de crescimento, atraso escolar e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
O governo brasileiro e órgãos representativos no Brasil recomendam o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e adequação das práticas da alimentação complementar ao leite materno. Crianças amamentadas desenvolvem muito cedo a capacidade de autocontrole sobre a ingestão de alimentos, de acordo com as suas necessidades, pelo aprendizado da saciedade e pela sensação fisiológica da fome durante o período de jejum. Mais tarde, dependendo dos alimentos e da forma como lhe são oferecidos, também desenvolvem o autocontrole sobre a seleção dos alimentos.
Esse autocontrole sofrerá influência de outros fatores como o cultural e social. A criança que inicia a alimentação complementar está aprendendo a testar novos sabores e texturas de alimentos e sua capacidade gástrica é pequena. Por isso, vá com calma e se a criança não aceitar um determinado alimento nas primeiras vezes, continue oferecendo de formas diferentes e em refeições diferentes, até ela aceitar. Lembre-se sempre, o natural é a criança não gostar de algum alimento e não da maioria deles.